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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A crença em Deus pode diminuir a ansiedade

Se você é daquelas pessoas que acredita que uma força maior existente no astral superior nos guia e orienta então, decerto vai apreciar muito saber desta pesquisa. No lugar em que a encontrei você poderá ler outras matérias de igual valor. Encontrará, por exemplo Por que a arruda funciona?,ou Diante das dificuldades não se entregue ao desespero.Tudo passa, ou Preces de Chico Xavier  e muitos outros.
Se tiver interesse acesse:http://www.rcespiritismo.com.br




 Fé x Ansiedade  
Escrito por Victor Rebelo   

http://www.rcespiritismo.com.br

Acreditar em Deus reduz ansiedade e estresse, diz estudo


Pesquisa mostra que pessoas religiosas se incomodam menos com erros.

Acreditar em Deus pode ajudar a acabar com a ansiedade e reduzir o estresse, segundo um estudo da Universidade de Toronto, no Canadá. A pesquisa, publicada na revista "Psychological Science", envolveu a comparação das reações cerebrais em pessoas de diferentes religiões e em ateus, quando submetidos a uma série de testes.

Segundo os cientistas, quanto mais fé os voluntários tinham, mais tranquilos eles se mostravam diante das tarefas, mesmo quando cometiam erros.

Os pesquisadores afirmam que os participantes que obtiveram melhor resultado nos testes não eram fundamentalistas, mas acreditavam que "Deus deu sentido a suas vidas".

Comparados com os ateus, eles mostraram menos atividade no chamado córtex cingulado anterior, a área do cérebro que ajuda a modificar o comportamento ao sinalizar quando são necessários mais atenção e controle, geralmente como resultado de algum acontecimento que produz ansiedade, como cometer um erro.

"Esta parte do cérebro é como um alarme que toca quando uma pessoa comete um erro ou se sente insegura", disse Michael Inzlicht, professor de psicologia e coordenador da pesquisa. "Os voluntários religiosos ou que simplesmente acreditavam em Deus mostraram muito menos atividade nesta região. Eles são muito menos ansiosos e se sentem menos estressados quando cometem um erro."

O cientista, no entanto, lembra que a ansiedade é "uma faca de dois gumes", necessária e útil em algumas situações.

"Claro que a ansiedade pode ser negativa, porque se você sofre repetidamente com o problema, pode ficar paralisado pelo medo", explicou. "Mas ela tem uma função muito útil, que é nos avisar quando estamos fazendo algo errado. Se você não se sentir ansioso com um erro, que ímpeto vai ter para mudar ou melhorar para não voltar a repetir o mesmo erro?".

Os voluntários religiosos eram cristãos, muçulmanos, hinduístas ou budistas.

Grupos ateus argumentaram que o estudo não prova que Deus existe, apenas mostra que ter uma crença é benéfico.


Dica de leitura

Autora: Lourdes Possatto
Páginas:176


É possível deixarmos de ser ansiosos? Não, definitivamente não, pois precisamos do mecanismo da ansiedade para sobreviver. Assim, você deve estar se perguntando: como uma pessoa faz para ser menos ansiosa, para se livrar dos tormentos da ansiedade negativa?
Ansiedade significa não estar no aqui-e-agora. Logo, se o que mais fazemos dentro de nossa cabeça é pensar numa série de coisas ao mesmo tempo, é certo que quase nunca estamos centrados no momento presente, gerando uma ansiedade negativa e a maioria dos sintomas psicossomáticos causados por ela.
Precisamos entender que tudo o que pensamos passa para o noso corpo. O seu cérebro não sabe se o que você está pensando é passado, presente ou futuro, realidade ou fantasia. O fato é que se você estiver pensando em algo com muita intendidade, começará a imaginar cenas em sua cabeça e essas cenas criarão uma determinada emoção e provavelmente você ficará cada vez mais envolvido nessa emoção, sem perceber o que acontece com o seu corpo.
Você entendenrá tudo isso a ler Ansiedade sob Controle, da psicóloga e escritora, uma obra cujo objetivo é conversar sobre a ansiedade e técnicas específicas de relaxamento, a fim de colocarmos o comportamento ansioso negativo sob controle - e com isso melhorar doenças e sintomas psicossomáticos. Sem dúvida seremos indivíduos mais pacientes, tolerantes e equilibrados.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Educação em pauta

O mestre ignorante
Joseph Jacotot e a educação emancipadora
Por Janete Pinto

Jacotot foi um grande pedagogo francês do início do séc.XIX. Sua história foi contada por Jacques Rancière em seu livro O mestre ignorante, que o retrata com muita propriedade e se refere a ele como um “extravagante” pedagogo, com suas proposições decerto mais instrutivas que as racionais para a época. Jacotot foi um grande revolucionário em seu tempo, nos idos de 1789 na França, um país emergindo das desordens instituídas nas lutas pelas (des) igualdades sociais e na avidez por uma nova ordem que trouxesse o progresso e a capacitação dos sujeitos até os limites de que fossem capazes buscando fornecer a esses a qualificação necessária e bastante para a formação das elites e a inserção pacífica do povo na nova ordem que surgia.
Numa de suas colocações ele afirma que os partidários da proposição da igualdade não têm que instruir o povo, buscando aproximá-lo da igualdade, eles têm que emancipá-lo. Afinal, trata-se de uma questão puramente filosófica, saber se a instrução vinda do outro é uma forma de levar à igualdade ou à desigualdade.
Num outro momento ele afirma que as sociedades nessa época admitiam claramente a divisão de classes e as desigualdades. Para eles a instrução formal era um meio de levar os indivíduos da classe baixa a um termo razoável, o suficiente para que ele se sentisse inserido em algum lugar, ou melhor, em seu devido lugar. Ainda assim a classe alta se intitula como sociedade homogênea e a escola fica teoricamente encarregada de anular as desigualdades cada vez mais profundas e proclamar a redução da distância entre as classes, num esforço contínuo, que afinal vai legitimar o poder da oligarquia e que premiar apenas os melhores da escola.
Nesse contexto surge Jacotot, por volta de 1818, um leitor da literatura francesa que ensinava Retórica em Dijon e foi convidado a ensinar suas lições a alunos, onde muitos não entendiam o francês. Aceitando o convite optou por improvisar algumas técnicas na tentativa de superar as dificuldades da língua e viu, para seu espanto que os resultados superaram suas expectativas, quando seus alunos, privados de qualquer explicação acerca do livro que deveriam ler e que inclusive não sabiam o idioma, apresentaram resultados maravilhosos.
A partir desta experiência bem sucedida concluiu que a tarefa do mestre não é a de transmitir seus conhecimentos, como ele mesmo pensava até então, não é explicar e reduzir os conteúdos a elementos bem simples, mas deixar que descubram por si e efetivamente construam seu conhecimento. O nosso sistema tradicional de ensino requer muitas explanações. Os alunos sempre esperam que o mestre explique o que contém os livros. Há que ter uma explicação para que eles entendam o que já está explicado nos livros. Pensava ele que ninguém garante que as explicações dadas pelo professor serão as mesmas entendidas pelos alunos. Mas “por que teria o livro necessidade de tal assistência”? (p.21). Um pai ao invés de pagar pelo livro e depois pagar pelo explicador não poderia dar diretamente esse livro ao filho e deixar que ele se entenda com as explicações contidas ali? Seria mais fácil compreender o raciocínio de quem quer ensiná-lo a raciocinar do que raciocinar sozinho sobre o que lê? Que relação é esta entre o poder da palavra e das letras e a palavra do mestre?
Por acaso não aprendem as crianças o que nenhum mestre pode lhes explicar, a língua materna? Desde cedo não se fala deles, com eles e em torno deles? Também eles não ouvem, repetem, erram e acertam e erram de novo e continuam com o processo até aprender, observando, imitando, tomando o outro como exemplo, sem precisar de explicadores ou mestres?
Por tudo isso Jacotot refletiu e concluiu que precisava modificar e reverter esse sistema pedagógico, uma vez que todos podem compreender sozinhos, pois todos têm capacidade para isto. Na prática o que ele queria dizer é que não precisamos necessariamente saber tudo, mas cada um precisa aprender alguma coisa, qualquer coisa e assim associar isso com todo o resto. Para ele, esse é o princípio do Ensino Universal. Não se deve sobrecarregar a memória, antes, deve-se formar a inteligência.
Jacotot cria um método que ele chama de emancipador, partindo da premissa de que mesmo quem é ignorante em qualquer assunto pode aprender sozinho não necessitando de nenhum mestre para lhe decifrar o que está contido nos livros. O importante é que cada aluno seja emancipado, ou seja, tenha que buscar sua aprendizagem fazendo uso de sua inteligência apenas, sem ficar dependendo de um explicador. Para ele ninguém é mais inteligente que o outro e qualquer indivíduo que nada entenda que química pode ensiná-la para os outros, bastando que para isso, vá em busca de aprender primeiro. Assim num determinado contexto cada um vai em busca de aprender alguma coisa e depois trocará experiências com os outros, produzindo daí novos conhecimentos.
Jacotot defende que este método deveria ser usado especialmente com a população mais pobre, que sofre com os preconceitos. Entretanto, afirma ele, para emancipar alguém é preciso antes, emancipar a si mesmo; é preciso conhecer a si mesmo e as suas limitações para poder superá-las. É importante ter clareza que quem se é e qual o seu papel na ordem social. Afinal, no oráculo em Delfos está escrita a máxima: ”Conhece-te a ti mesmo” e esse deve ser o objetivo de todo cidadão e esse trabalho exige que cada um seja um artesão. Desta forma qualquer ser pensante desenvolverá, mesmo sendo ignorante, sua noção de física, de gramática, de cálculos e de fatos históricos. Assim, esse para Jacotot será realmente emancipado.

Referência
Rancière, Jacques – O mestre ignorante – cinco lições sobre a emancipação intelectual – tradução de Lílian do Valle, 3 ed. – Belo Horizonte; Autêntica, 2010





terça-feira, 24 de agosto de 2010

O MESTRE E A EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA (EAD)

De que maneira, o questionamento da postura do mestre pode fundamentar a metodologia EAD ?

Por Janete Pinto 

A postura do mestre tem sido questionada ao longo da história, desde a antiguidade até os dias atuais. Aliás, não só questionada como também modificada, repensada, reconstruída e reinventada.

Na antiguidade clássica os sofistas eram tidos como detentores do saber, gostavam de exibir-se em grandes plateias, conferencistas hábeis na arte da oratória e retórica, sensibilizando e estimulando o interesse de seus espectadores na transmissão  de conhecimentos.

Já Sócrates, utilizava-se da maiêutica e da ironia para levar o indivíduo ao conhecimento que já existe dentro dele, mas está adormecido em suas reminiscências. Sócrates trabalhava com a idéia de que só aconteceria a evolução à medida que o individuo conhecesse melhor a si mesmo e suas limitações. Para ele a postura ideal era a de fazer perguntas, levar ao diálogo, levantar hipóteses e fazer o interlocutor pensar e elaborar seu raciocínio até chegar às suas próprias conclusões e aí ele teria chegado ao conhecimento, que já havia dentro dele.

Mais recentemente outro filósofo, Jacques Rancière, em seu livro O Mestre Ignorante, faz críticas não só aos sofistas como também à metodologia socrática. Para ele, a aprendizagem acontece numa relação sem mestre e sem aluno, onde ambos nada sabem e constroem juntos os conhecimentos. Na visão dele, Sócrates mantinha com o discípulo uma relação dialética de quem sabe para quem não sabe que sabe e ele seria o intermediador dessa descoberta, ou seja, da lembrança de algo que já se sabia.

Rancière coloca com toda simplicidade como deve ser, para ele, a descoberta do conhecimento, que Jacotot nunca havia dado nenhuma explicação a seus alunos acerca das letras, da conjugação e da ortografia, mas eles foram buscar e encontraram palavras correspondentes às que já conheciam. A partir daí ele se pergunta se existe a necessidade de explicações ou se elas são supérfluas. Será que existe a necessidade do mestre que precisa explicar o que já está explicado nas páginas dos livros?

Da mesma forma a metodologia na EAD não existe um mestre que venha nos mostrar e explicar aquilo que podemos encontrar sozinhos se procurarmos. É bem verdade que na nossa cultura, muitos de nós fomos educados desde sempre com a presença de um professor, detentor do conhecimento que deveria nos transmitir aquilo que nós ainda não sabíamos (?) e, além disso, posso dizer, fomos treinados para a memorização e a reprodução desse status.   

Recentemente, Paulo Freire, um dos maiores educadores de nosso país, conhecido por suas obras que são os pilares da pedagogia de nosso tempo, afirmava que ninguém ensina nada a ninguém e também não se aprende nada sozinho, mas aprendemos uns com os outros, mediados pelo mundo. Em uma de suas obras mais importantes, Pedagogia do Oprimido, ele destaca a importância de uma pedagogia libertadora, que liberte o indivíduo da opressão, que o torne um cidadão consciente e crítico para que possa atuar plenamente na sociedade. Ele condenava e educação burguesa, bancária, onde o professor depositava o conhecimento num aluno dócil e passivo. Dessa forma matavam no aluno sua criatividade, seu desejo de expressar-se e sua curiosidade. O desejo de Paulo Freire era justamente o contrário, queria despertar nos alunos a inquietação. Sua perspectiva era transformadora e libertadora.

Nesta postura onde existe o mestre, mas não no sentido que estamos acostumados, podemos dizer que se aproxima bastante da metodologia em EAD, onde termos a presença física e virtual de tutores que nos mostram alguns caminhos por onde podemos ir buscar nosso conhecimento, mas, em nenhum momento se colocam na posição de professores no sentido amplamente conhecido. 

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Paulo Freire

Resenha Crítica do Livro "Pedagogia da Autonomia"                     

                               imagem: Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Saberes necessários à prática educativa, na visão de Paulo Freire.  

                                      Contextualização


Paulo Freire aborda, de forma simples e elucidativa, a prática educativa no cotidiano da sala de aula sala e fora dela, devendo-se levar em conta, que os procedimentos abordados no livro, podem e devem ser aplicados, desde o Ensino fundamental à Pós-graduação. Discorre sobre o desenvolvimento da formação docente e o que constitui o universo educacional, mantendo sempre uma visão crítica e democrática.

Na construção e troca de saberes, o conflito e as tensões decorrentes das interações sociais, devem ser instrumentos essenciais para a prática pedagógica desde quando, a realidade do educando, o seu conhecimento prévio e de mundo, são motores móveis para a organização dos conteúdos programáticos, que por sua, vez, necessitam de discussão quanto a sua importância, no contexto do qual o aluno se insere e precisará dele, no momento especifico, dentro e fora da escola. Os conflitos servem também de provocação para que os alunos se assumam como sujeitos sócio-históricos, co-condutores de sua própria formação.

As menções ao desenvolvimento afetivo, entre professores e alunos, são constantes. E, fundamenta essa posição, com base no equilíbrio entre a competência, a autoridade e a amorosidade. Essa trilogia vem acompanhada implicitamente de uma constante necessidade de atualização e abertura para a construção de novos paradigmas, caso haja resistência para o novo, o discurso da competência não tem significação.

Ainda faz parte do fazer pedagógica, a simplicidade que deve nortear todo os outros procedimentos do professor progressista comprometido com a troca de saberes, assim como, a alegria proporciona um estado de bem-estar no decorrer do processo de educação.

O autor defende com veemência a autonomia do educando e sugere a reflexão sobre a prática educativa-reflexiva, afirmando que formar é muito mais puramente treinar o educando no desempenho de destrezas. Faz severa crítica a ideologia neoliberal e ao fatalismo que se recusa enfaticamente ao sonho. Comenta a sua raiva contra as injustiças as quais, são submetidos aos que consideram como esfarrapados do mundo.

A responsabilidade dos professores e dos que estão em formação é muito grande, desde quando, se faz necessário o processo de mudança, as lutas, a criticidade e o exercício da cidadania, para a efetivação da prática docente. A ética é um ponto, o qual o autor considera primordial para a construção e aquisição do conhecimento. Refere-se a ética  universal do ser humano e não a ética de mercado, a qual, deve ser combatida, afrontada.

A reflexão crítica sobre a prática pedagógica e\ ou educativa para o docente, se torna de fato, uma exigência da relação teoria|prática. Talvez por essa razão, Paulo Freire se preocupe tanto, com a formação dos professores e, sobretudo, com a organização dos conteúdos programáticos. As suas palavras conduzem o leitor a reconhecer entre outros objetivos, a necessidade de oportunizar para o formando desde o começo da sua vida acadêmica, o direito de assumir-se como sujeito da produção do saber. E, enfatiza de que ensinar, não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para sua produção ou a sua construção.

No entanto, a capacidade crítica também deve ser estimulada no educando, assim como conduzir o aluno à “pensar certo, se constitui numa uma tarefa docente. E, para tanto, o conhecimento prévio do educando deve ser levado em consideração, começando pela ética - o respeito aos saberes construídos num processo anterior - ao longo da vida social, cultural e política do alunado. Principalmente refere-se aos alunos oriundos das classes populares, com muitas histórias para contar e que certamente servem de base para estudos sistematizados.

O ensino sob este prisma deve abranger de forma elementar, a realidade do aluno  de forma interdisciplinar e estimulativa.

Pensar certo para o professor implica o respeito ao senso comum, assim como, o compromisso com a consciência crítica do aluno. Ensinar efetivamente exige pesquisa, coisa que está associada intrinsecamente ao fazer didático-pedagógico; exige também rejeição a toda e qualquer forma de discriminação e respeito à autonomia e liberdade do educando e a abertura para o conhecimento de novas metodologias e teorias que venham enriquecer o ensino. Diz Paulo Freire que: O velho que preserva uma tradição ou marca uma presença no tempo, continua novo!

O autor revela ao leitor sobre o seu pocisionamento perante a educação neoliberal, dizendo-se conhecedor da natureza humana e que a compreensão que possui dessa referida natureza, é uma exigência que faz a si mesmo de pensar certo quando defende seus pontos de vista. Pensar certo é um ato comunicante, distanciado do aconchego e da solidão.

O processo de construção do conhecimento implica também no sentimento de não acabado, concluído, finalizado. Ao contrário, essa construção, ao abolir a simples transferência de conteúdos, abre o caminho para a educação continuada, o aprimoramento da prática-docente, como a atualização dos acontecimentos das áreas do conhecimento científico; da contínua busca do novo. Gosto de ser gente, porque inacabado, sei que sou um ser condicionado, mas consciente do inacabamento, sei que posso ir mais além dele.

As forças sociais, como fator externo, influenciam na estrutura educacional de alguma maneira. Fechar os olhos às tensões que delas emergem, é fechar-se e recolher-se; é não se dar conta de suas próprias limitações e condicionamentos. Tomar conhecimento disso pode conduzir o indivíduo a transpor suas pequenas condições.

O bom senso deve permear todo o trabalho educativo, haja vista, a performace de cada professor, o jeito peculiar de ser, (uns autoritários, outros mau-humorados, alegres...) deixam marcas inaliáveis nos educandos. O autor chama à atenção quanto à necessidade da luta pelos direitos adquiridos, assim como também pelas plenas condições para o exercício  de suas funções enquanto docente. Portanto, dentro dessa perspectiva, pode-se afirmar com base no pensamento do autor que, ensinar realmente, implica na luta pelos direitos dos educadores e na utilização da humildade e tolerância no contexto da vida cotidiana da sala de aula.

Falar em educação deixa implícita a necessidade de estimular a curiosidade do aluno e conseqüentemente a do próprio educador, sem curiosidade não haveria ciência.Diz Paulo Freire: Como professor devo saber que sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino.

Pode-se intervir no mundo, através da educação, essa compreensão deve estar presente na prática-educativa da maneira crítica, oportunizando sempre debates a respeito de questões importantes que permita ao aluno se posicionar. Pode-se afirmar, que a educação também é contraditória e envolve a dialética, o desmascaramento da ideologia dominante, e muitas vezes ela própria reproduz essa ideologia, etc. No entanto em determinado momento do tempo e do espaço, um desses fatores predomina aos demais,cabendo ao setor educacional intervir nas ações que considera de relevância para a sociedade, como um todo.

O autor chega à conclusão de ser necessário um pouco de radicalidade nas ações e diz continuar atento a advertência de Marx quanto a esse aspecto, pois graças a ela, continua alerto a tudo o que diz respeito a defesa dos direitos humanos e afirma ser imoral que os interesses de mercado se sobreponham aos interesses humanos.

A sociedade social e política de que precisamos para construir a sociedade menos feia e menos arenosa, em que podemos ser mais nós mesmos, tem na formação democrática uma prática de real importância.(1991, p. 47)

A possibilidade de transgressão da ética deve ser combatida e nada justifica a minimização dos seres humanos. O avanço da ciência e da tecnologia pode legitimar

uma ordem desordeira em que só as minorias do poder esbanjam e gozam, enquanto

que as maiorias se encontram em dificuldade até para sobreviver, mas que, afirma que

a realidade é assim mesmo, que sua fome é uma fatalidade do fim do século. O autor se refere à ideologia fatalista da política e ao discurso neoliberal, assunto esse, repetido várias vezes, no decorrer no texto.

Paulo Freire ao se referir à globalização, revela que ela reforça o poder das maiorias dominantes, esmigalha e torna impotente a presença dos dependentes. Enfatiza que frente a globalização, não há saída, a não ser baixar os olhos e agradecer a Deus ou a globalização por ainda estar vivo.

Prefiro a rebeldia que me confirma como gente e que jamais deixou provar que o ser humano é maior que os mecanismos que o minimizam. (idem,  p.129).

A morte da História, era na verdade, a morte da utopia, a morte do sonho.Sobre esse assunto, Freire discorre dizendo que a proclamada morte da História e conseqüentemente do sonho, decreta de fato, o imobilismo que nega o ser humano.

O livro é dividido em tópicos referentes ao processo de ensino; observa-se em determinados trechos, um pouco do perfil político e ideológico do autor; a sua veemente defesa em favor dos interesses humanos,; do ensino progressivo e democrático; da rejeição á política neoliberal e fatalista; a preocupação com os valores étnicos e sociais ,entre outros.

 confirma ser necessário um certo radicalismo e rebeldia como normas para a construção de novos paradigmas e se posiciona contra a supremacia dos valores de mercado aos valores humanos, esse último, sua principal causa e primeiro objetivo de sua carreira na educação.

A liberdade amadurece no confronto com outras liberdades, na defesa de seus direitos em face da autoridade dos pais, do professor, do Estado. ( idem, p. 119)

                          REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários a à Prática Educativa.-São Paulo: Paz e Terra. 1996.

Maria de Lurdes Mattos Dantas Barbosa

Publicado no Recanto das Letras em 13/02/2008

Código do texto: T858374

            www.lurdes.prosaeverso.net


sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Educação e comportamento

A difícil arte de dizer não aos filhos


Você costuma dizer "não" aos seus filhos? 

http://www.reflexao.com.br

Considera fácil negar alguma coisa a essas criaturinhas encantadoras e de rostos angelicais que pedem com tanta doçura? 

Uma conhecida educadora do nosso País alerta que não é fácil dizer não aos filhos, principalmente quando temos os recursos para atendê-los. 

Afinal, nos perguntamos, o que representa um carrinho a mais, um brinquedo novo se temos dinheiro necessário para comprar o que querem? Por que não satisfaze-los? 

Se podemos sair de casa escondidos para evitar que chorem, por que provocar lágrimas? 

Se lhe dá tanto prazer comer todos os bombons da caixa, por que faze-lo pensar nos outros? 

E, além do mais, é tão fácil e mais agradável sermos "bonzinhos"... 

O problema é que ser pai é muito mais que apenas ser "bonzinho" com os filhos. Ser pai é ter uma função e responsabilidade sociais perante os filhos e perante a sociedade em que vivemos. 

Portanto, quando decidimos negar um carrinho a um filho, mesmo podendo comprar, ou sofrendo por lhe dizer "não", porque ele já tem outros dez ou vinte, estamos ensinando-o que existe um limite para o ter. 

Estamos, indiretamente, valorizando o ser. 

Mas quando atendemos a todos os pedidos, estamos dando lições de dominação, colaborando para que a criança aprenda, com nosso próprio exemplo, o que queremos que ela seja na vida: uma pessoa que não aceita limites e que não respeita o outro enquanto indivíduo. 

Temos que convir que, para ter tudo na vida, quando adulto, ele fatalmente terá que ser extremamente competitivo e provavelmente com muita "flexibilidade" ética, para não dizer desonesto. 

Caso contrário, como conseguir tudo? Como aceitar qualquer derrota, qualquer "não" se nunca lhe fizeram crer que isso é possível e até normal? 

Não se defende a idéia de que se crie um ser acomodado sem ambições e derrotista. De forma alguma. É o equilíbrio que precisa existir: o reconhecimento realista de que, na vida às vezes se ganha, e, em outras, se perde. 

Para fazer com que um indivíduo seja um lutador, um ganhador, é preciso que desde logo ele aprenda a lutar pelo que deseja sim, mas com suas próprias armas e recursos, e não fazendo-o acreditar que alguém lhe dará tudo, sempre, e de "mão beijada" 

Satisfazer as necessidades dos filhos é uma obrigação dos pais, mas é preciso distinguir claramente o que são necessidades do que é apenas consumismo caprichoso. 

Estabelecer limites para os filhos, é necessário e saudável. 

Nunca se ouviu falar que crianças tenham adoecido porque lhes foi negado um brinquedo novo ou outra coisa qualquer. 

Mas já se teve notícias de pequenos delinqüentes que se tornaram agressivos quando ouviram o primeiro não, fora de casa. 

Por essa razão, se você ama seu filho, vale a pena pensar na importância de aprender a difícil arte de dizer não. 

Vale a pena pensar na importância de educar e preparar os filhos para enfrentar tempos difíceis, mesmo que eles nunca cheguem. 

*** 

O esforço pela educação não pode ser desconsiderado. 

Todos temos responsabilidades no contexto da vida, nas realizações humanas, nas atividades sociais, membros que somos da família universal.



Autor:
(Do livro "Repositório de Sabedoria" vol I, Educação)
Som de Fundo:
"Breeze Last Days"

Terapia

                                                    A educação e a música
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 A música faz parte da História da Humanidade desde os mais remotos tempos. 

As pinturas rupestres, achadas em sítios arqueológicos, e que descrevem a rotina de grupamentos humanos primitivos sugerem danças e uso de instrumentos musicais. 

A História das civilizações antigas é repleta de manifestações musicais, algumas delas ligadas a rituais religiosos ou a festas tradicionais de cada povo. 

Desde a vida intrauterina a música parece influir no bebê. Mulheres grávidas relatam menor agitação da criança quando escutam música suave. 

Durante os primeiros meses de vida a criança já mostra percepção musical. Estudos demonstram que os recém-natos parecem se acalmar ao ouvir uma melodia suave. 

As crianças comumente se alegram quando ouvem música e, nessa fase da vida, podemos influenciar seu gosto musical através do hábito. 

Entre os séculos XIII e XIX a Humanidade foi presenteada com compositores que criaram um estilo de música elevado, conhecido hoje como música clássica e erudita, que significa música de qualidade. 

Entre os compositores desse período estão Johann Sebastian Bach, Ludwig van Beethoven, Wolfgang Amadeus Mozart, Frederic Chopin. 

Esse tipo de música, originalmente composta na Europa, ganhou adeptos no mundo todo. Hoje, grandes orquestras em todos os países se dedicam a apresentar obras desses gênios da Humanidade. 

Beethoven costumava dizer que Deus se comunicava com ele através da música. Mozart dizia que a música não era sua, mas sim fruto de uma inspiração superior. 

Muitas composições de Bach foram influenciadas por sua religiosidade e até hoje emocionam o mundo, como o famoso Oratório de Natal. 

Os espectadores de um concerto de música clássica sentem-se comumente enlevados, desfrutando de uma emoção muitas vezes indescritível. 

Comumente tal gosto musical se associa a outros hábitos culturais. Por este motivo esse estilo musical é também chamado erudito, palavra que significa vasta cultura. 

A platéia dos concertos clássicos costuma manter-se em silêncio, comportamento bastante diverso das apresentações de estilos musicais populares que convidam à agitação. 

No entanto, ainda hoje, em muitas sociedades, o gosto pela música clássica não é o que predomina, talvez porque tal estilo não seja apresentado às crianças. 

Assim como a educação formal é necessária para que a criança aprenda a ler e a escrever, e desenvolva um conhecimento básico que a habilite para sua vida, a educação musical pode formar o hábito do indivíduo. 

Ao ouvir música de elevada qualidade desde a infância, o indivíduo poderá incorporá-la a seus hábitos com maior facilidade. 

Educar é desenvolver a capacidade física, intelectual, moral e afetiva de um indivíduo. Educar uma criança é uma tarefa da mais alta responsabilidade. 

É dever de quem educa mostrar caminhos de qualidade a uma criança e dar a ela bases morais para escolher o caminho que, mais tarde, usando seu livre-arbítrio, ela escolherá.


Autor:
Redação do Momento Espírita.
Som de Fundo:
"The Pachelbel´s Cannon"

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

A (in) disciplina na sala de aula

O PROBLEMA NÃO É A DISCIPLINA




Estratégias para a Sala de Aula é dirigida à: Diretores, 
Coordenadores e Professores - Roseli Brito

       Todos os dias os Professores estão às voltas em preparar o Plano de Aula ou o Semanário com as aulas a serem dadas naquela semana. As tarefas são planejadas, os materiais são separados. Ele crê que ao fazer desse modo, os alunos aprenderão, e se algo der errado simplesmente aplica a disciplina.

       Então..... algo dá errado e os problemas aparecem. O Professor procura preparar a aula seguinte perguntando-se o que ele pode fazer para conseguir a atenção dos alunos, ou motivá-los a empenharem-se nas aulas. Acreditando que alunos mais atentos e motivados oferecerão menos problemas de disciplina.

       Mas, no dia seguinte o ciclo repete-se e o Professor continua tentando lidar com a falta de disciplina dos alunos.
       O problema é que a maioria dos Professores não gastam nenhum tempo gerenciando as suas salas de aula. Se os procedimentos de gerencimento de sala de aula fossem ensinados, a maioria dos problemas de disciplina na sala desapareceria e mais tempo sobraria para ensinar.

       Você entra na sala de aula munida com os materiais e o Plano de Aula, naquele dia você até criou uma aula mais divertida para prender a atenção dos alunos, porém isso não é o suficiente.

        Se você ainda não criou procedimentos para: prender a atenção dos alunos, distribuir as tarefas, entrar na sala de aula, registro da aula no caderno, trabalho em grupo, procedimentos para faltas e atrasos, entregas de trabalhos e tarefas, apresentação de seminários, procedimentos para quando um aluno finaliza as tarefas antes de todos e um sem número de outras situações que necessitam de novos procedimentos, então lhe digo que quem controla a sala de aula não é você e sim os seus alunos. Eles é que de fato estão gerenciando a sua sala de aula do jeito que eles querem.

         Um Professor eficiente é um mestre no gerenciamento da sala de aula, pois ele sabe que o sucesso do aluno apenas ocorrerá quando o ambiente da sala de aula estiver organizado e estruturado para que o aprendizado possa ocorrer. E isso só acontece quando o aluno está realmente engajado na execução das tarefas.

         Gerenciamento da Sala de Aula e Disciplina não são a mesma coisa. O Professor não disciplina a sala de aula, ele gerencia a sala de aula. Nenhum aprendizado ocorre quando você fica o tempo todo disciplinando. Tudo que a disciplina faz é minimizar um comportamento incorreto, porém não garante aprendizado. O aprendizado só ocorre quando os alunos estão concentrados na realização das tarefas.

 - DISCIPLINA: tem a ver em como os alunos se COMPORTAM
 - PROCEDIMENTOS: tem a ver em COMO as coisas devem ser FEITAS
 - DISCIPLINA: tem a ver com punição e recompensas
 - PROCEDIMENTOS: não existe punição e nem recompensas

         A grande maioria dos problemas que os Professores chamam de `problemas de comportamento`, nada tem a ver com indisciplina. O problema número um na educação não é a falta de disciplina, é a falta de procedimentos e rotinas que acabam deixando os alunos `no escuro`sem saber como proceder na sala de aula.

         Para que os alunos saibam o que se passa na cabeça do Professor é necessário que o mesmo se manifeste criando os procedimentos e rotinas para o bom funcionamento da aula.

PORQUE OS PROCEDIMENTOS SÃO IMPORTANTES ?

           Os alunos aceitam prontamente a idéia de ter um conjunto bem definido de procedimentos, porque isso simplifica o seu dia a dia. Procedimentos eficientes possibilitam que várias tarefas sejam realizadas dentro do tempo previsto, com o mínimo de confusão e perda de tempo.

        Quando os procedimentos não são estabelecidos, muito tempo da aula é gasto na organização e realização das atividades. Como resultado surgem os comportamentos indesejáveis e então gasta-se mais tempo tentando colocar ordem no ambiente.

        Os procedimentos são o alicerce que dão sustentação ao aprendizado dos alunos. O rendimento final dos alunos está intrinsecamente ligado a como o Professor estabelece o controle da sala de aula por meio dos procedimentos criados logo na primeira semana de aula.

        Na próxima Newsletter você receberá orientações que ajudarão na criação de procedimentos para a sua sala de aula.
              
Roseli Brito
Pedagoga - Psicopedagoga - Neuroeducadora e Coach
Ajudo Escolas e Educadores na:
Implantação do Programa de Resolução de Conflitos
Aplicação do Programa de Gerenciamento da Sala de Aula
Fidelização e Captação de Alunos

Workshops - Treinamentos para Educadores
Contato: sosprofessores@hotmail.com

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Dislalia

Você sabe o que é?

É preciso conhecer para prevenir e tratar.



Dislalia é a má formação da articulação de fonemas, dos sons da fala. Não é um problema de ordem neurológica, mas de ordem funcional, referente à forma como estes sons são emitidos”, explica a fonoaudióloga Rosane Paiva. Segundo ela, este som alterado pode se manifestar de diversas formas, havendo distorções, sons muito próximos mas diferentes do real ; omissão, ato em que se deixa de pronunciar algum fonema da palavra; transposições na ordem de apresentação dos fonemas (dizer mánica em vez de máquina, por exemplo); e, por fim, acréscimos de sons. Estas alterações mais comuns caracterizam uma dislalia.


Rosane explica que a dislalia pode ser fonética, quando o problema se apresenta somente na alteração constante de fonemas mas a criança conhece o significado da palavra, ou fonológica, quando a criança simplesmente não ordena de modo estável os sons de sua fala. Para evitar tais problemas,a Fonoaudiologia deve ser também preventiva: 

A maioria das pessoas ainda não tem o hábito de fazer uma avaliação fonoaudiológica preventiva, nos primeiros anos de vida, como ocorre no que diz respeito à Pediatria. Mas eu penso que se deve estar atento também à saúde da voz, da fala e da audição, e acompanhar este desenvolvimento, principalmente quando se pretende expor a criança a uma aprendizagem formal, na idade certa, diz Rosane. 

Muitos fatores, segundo a fonoaudióloga, podem influir para que dislalias venham a surgir: “crianças que usam a chupeta por muito tempo, ou que mamam na mamadeira por tempo prolongado, ou mesmo aquelas que mamam pouco tempo no peito terminam por alterar as funções de mastigação, respiração e amamentação. Estas crianças podem apresentar um quadro de dislalia”- explica. E ressalta que, embora não se possa dizer que haja uma relação direta, é inegável que tais crianças acabem apresentando flacidez muscular e postura de língua indevida, o que pode ocasionar dislalia. Sendo assim, a dislalia pode ser prevenida por mães bem orientadas durante a amamentação e o pré-natal.

O tratamento da dislalia varia de acordo com a necessidade de cada criança. Em primeiro lugar, é feita uma avaliação após um contato com a família, e faz-se um levantamento histórico da criança para, só depois, iniciar o trabalho com a percepção dos sons que ela não executa. Rosane explica que existem crianças que têm dificuldade de perceber auditivamente os sons. O fonoaudiólogo deve, então, usar recursos corporais e visuais para chegar ao seu objetivo. Outras crianças apresentam línguas hipotônicas (flácidas), o que às vezes chega a ocasionar alterações na arcada dentária. Ou ainda, mostram falhas na pronúncia de certos fonemas devido a postura e respiração deficientes. “Para cada criança, tem-se um procedimento diferente, mas, em geral, o fonoaudiólogo atua, na terapia, sobre a falha e a dificuldade, usando, de preferência, meios lúdicos para ampliar a possibilidade de utilização dos sons, até que a criança se sinta segura”- explica.

Recadinho para os Professores

-Repetir somente a palavra correta para que a criança não fixe a forma errada que acabou de pronunciar.

- É importante que o professor articule bem as palavras, fazendo com que as crianças percebam claramente todos os fonemas.

Assim que perceber alterações na fala de um aluno, o professor deve evitar criar constrangimentos em sala de aula ou chamar a atenção para o fato. O recomendável é que não se espere muito tempo para avisar a família e procurar um fonoaudiólogo.

- Uma criança que falta às aulas regularmente por problemas de audição, como otites freqüentes, requer maior atenção.

- Os professores devem ser bem -orientados em relação a estes fatores e , para isto, é preciso que haja interação entre eles e os fonoaudiólogos.

- O ato da fala é um ato motor elaborado e, portanto, os professores devem trocar informações com os educadores esportivos e professores de Educação Física, que normalmente observam o desenvolvimento psicomotor das crianças.

- O ideal é que a criança faça uma avaliação fonoaudiológica antes de iniciar a alfabetização, além de exames auditivos e oftalmológicos.

O Jogo do Jardim Zoológico

Michele Adum utiliza bastante uma brincadeira muito comum no universo infantil: o joguinho dos bichos. “Desenvolvo muitas áreas incentivando a criança a ‘montar’ o seu Jardim Zoológico, com bichinhos de plástico e cercados - diz ela. E explica que é possível trabalhar a área afetiva, por exemplo, quando a criança coloca lado a lado os membros de uma ‘família’: touro, vaca e bezerros”.

Segundo ela, é possível trabalhar também níveis de classificação, já que “a criança separa os bichos por tamanho, classes, espécies, cores”. Ou ainda, a coordenação motora - a própria criança monta os cercados e encaixa as cerquinhas - e a organização do pensamento. Até a Matemática é enfocada, pois, com base na classificação, Michele pode abordar conceitos de união, interseção, conter e estar contido. “O Jardim Zoológico é uma excelente ferramenta de avaliação e terapia”, diz ela. A utilização de todo jogo, no entanto, é controlada e sistemática, visando a atingir um objetivo específico.

Fonte: Jornal Educar Saúde APPAI


Quando a dislalia começa

Quando uma criança menor de 4 anos apresenta erros na pronúncia, é considerado como normal, uma etapa no desenvolvimento da linguagem infantil. Nessa etapa, não se aplica tratamentos, já que sua fala está em fase de maturação. No entanto, se os erros na fala se mantém depois dos 4 anos, deve-se consultar um especialista em audição e linguagem, um fonoaudiólogo, por exemplo.

Tipos de dislalia

A dislalia é muito variada. Existem dislalias orgânicas, audiógenas, ou funcionais.

A dislalia funcional é a mais frequente e se caracteriza incorretamente o ponto e modo de articulação do fonema.

A dislalia orgânica faz com que a criança tenha dificuldades para articular determinados fonemas por problemas orgânicos. Quando apresentam alterações nos neurônios cerebrais, ou alguma má formação ou anomalias nos órgãos da fala.

A dislalia audiógena se caracteriza por dificuldades por problemas auditivos. A criança se sente incapaz de pronunciar corretamente os fonemas porque não ouvem bem. Em alguns casos, é necessário que as crianças utilizem próteses.

Uma recomendação fundamental para impedir o desenvolvimento da dislalia é para que os pais e familiares do dislálico não fiquem achando engraçadinho quando a criança pronuncia palavras de maneira errada, como “Tota-Tola”, ao invés de “Coca-Cola”.


Fontes consultadas:

- Guiadepsicologia.com
- Delogopedia.com
- Mikinder.blogspot.com
- simonboasfalas.com.br



No desenvolvimento da primeira infância, é natural que a criança troque certos fonemas e fale, por exemplo, “bapo”, ao invés de sapo. Porém, os pais têm que estar sempre atentos desde a emissão das primeiras palavras de seus filhos. Dessa forma, os desvios são detectados e sanados mais cedo. “Se aos dois anos e meio a criança não é capaz de conjugar duas palavras na intenção de uma frase, mesmo que isso esteja longe da estrutura gramatical da Língua, os pais devem ficar alertas. E se aos três anos ela ainda tem dificuldade de expressar-se de maneira satisfatória e clara, e há troca de fonemas, é recomendável a avaliação de um fonodiólogo”, aconselha a professora.

Durante a alfabetização, a criança pode ou não levar o seu desvio oral para a grafia. Mônica Rocha alerta que o desvio fonológico não é pré-condição de uma alteração de leitura e escrita, embora não seja aconselhável chegar nessa fase escolar com o padrão de linguagem fora do normal.

A terapia fonoaudiológica é recomendável quando o desvio persiste e está muito fora do padrão lingüístico. No tratamento não se realizam somente exercícios articulatórios, mas também a interação da criança com a linguagem, através de cantigas, jogos de rima, brincadeiras lúdicas e educativas. O objetivo principal é que o pequeno paciente tenha a consciência fonológica e a organização vocabular.

Para os pais que desejam um acompanhamento para seus filhos, o Instituto de Neurologia Deolindo Couto da UFRJ disponibiliza, às segundas e quartas, de 8h às 17h, um Ambulatório de Desvios Fonológicos. Mônica Rocha, que coordena o serviço, é uma das especialistas no assunto.

Olhar Vital (Fonte)










domingo, 8 de agosto de 2010

MITOLOGIA

Esta é uma compilação de textos de diferentes autores, numa busca pela net. Observe que as versões dadas por cada autor difere em alguns pontos, talvez devido às traduções feitas.
Abaixo de cada um deles coloco  a fonte. As imagens são do site: http://www.portalsaofrancisco.com.br a quem desde já agradeço.

Helena de Tróia


Helena de Tróia segundo Evelyn de Morgan, 1898


Na mitologia grega, Helena de Tróia era filha de Zeus e de Leda, irmã gêmea da rainha Clitemnestra, irmã de Castor e Pólux, esposa do rei Menelau, com a reputação de mulher mais bela do mundo. O seu rapto feito pelo príncipe troiano Páris desencadeou uma guerra. Após este acontecimento, foi perdoada pelo marido, e levada de volta para Argos, seu reino. Após a morte de Menelau, foi expulsa do reino pelo seu própio filho, Nicostrato. Foi morar com a rainha Polixo, uma amiga. Certa vez, após tomar banho, foi morta enforcada pela serva da rainha, que estava com ódio mortal de Helena, pois havia perdido seu marido na guerra.
Fonte: pt.wikipedia.org
Os gregos antigos acreditavam que a guerra de Tróia era um fato histórico, ocorrido por volta de 1200 a.C. no período micênico, mas estudiosos atuais tem dúvidas se ela de fato ocorreu. Até a descoberta do sítio arqueológico na Turquia, em Anatólia, se acreditava que Tróia era uma cidade mitológica.

A Guerra de Tróia se deu quando os aqueus atacaram a cidade de Tróia, buscando vingar o rapto de Helena, esposa do rei de Esparta, Menelau, irmão de Agamémnom. Os aqueus eram os povos que hoje conhecemos como gregos, que compartilhavam uma cultura e língua comuns, mas na época se enxergavam como vários reinos, e não como um povo só.

A lenda conta que a deusa (ninfa) do mar Tétis era desejada como esposa por Zeus e seu irmão Poseidon. Porém Prometeu fez uma profecia que o filho da deusa seria maior que seu pai, então os deuses resolveram dá-la como esposa a Peleu, um mortal já idoso, intencionando enfraquecer o filho, que seria apenas um humano. O filho de ambos é o guerreiro Aquiles e sua mãe, visando fortalecer sua natureza mortal, o mergulhou quando ainda bebê nas águas do mitológico rio Estige.

As águas tornaram o herói invulnerável, exceto no calcanhar, por onde a mãe o segurou para mergulhá-lo no rio (daí a famosa expressão “calcanhar de Aquiles”, significando ponto vulnerável). Aquiles se torna o mais poderoso dos guerreiros, porém, ainda é mortal. Mais tarde, sua mãe profetisa que ele poderá escolher entre dois destinos: lutar em Tróia e alcançar a glória eterna, mas morrer jovem ou permanecer em sua terra natal e ter uma longa vida, porém ser logo esquecido.

Para o casamento de Peleu e Tétis todos os deuses foram convidados, menos Éris, ou Discórdia. Ofendida, a deusa compareceu invisível e deixou à mesa um pomo de ouro com a inscrição “à mais bela”. As deusas Hera, Atena e Afrodite disputaram o título de mais bela e o pomo. Zeus então ordenou que o príncipe troiano Páris, à época sendo criado como um pastor ali perto, resolvesse a disputa. Para ganhar o título de “mais bela”, Atena ofereceu a Páris poder na batalha, Hera o poder e Afrodite o amor da mulher mais bela do mundo. Páris deu o pomo à Afrodite, ganhando assim sua proteção, porém atraindo o ódio das outras duas deusas contra si e contra Tróia.

A mulher mais bela do mundo era Helena, filha de Zeus e Leda. Leda era casada com Tíndaro, rei de Esparta. Helena possuía diversos pretendentes, que incluiam muitos dos maiores heróis da Grécia, e o seu pai adotivo, Tíndaro, hesitava tomar uma decisão em favor de um deles temendo enfurecer os outros. Finalmente um dos pretendentes, Odisseu (cujo nome latino era Ulisses), rei de Ítaca, resolveu o impasse propondo que todos os pretendentes jurassem proteger Helena e sua escolha, qualquer que fosse. Helena então se casou com Menelau, que se tornou o rei de Esparta.

Quando Páris foi a Esparta em missão diplomática, se enamorou de Helena e ambos fugiram para Tróia, enfurecendo Menelau. Este apelou aos antigos pretendentes de Helena, lembrando o juramento que haviam feito. Agamémnom então assumiu o comando de um exército de mil naus e atravessou o Mar Egeu para atacar Tróia. As naus gregas desembarcam na praia próxima a Tróia e iniciam um cerco que iria durar 10 anos e custaria a vida muitos heróis de ambos os lados. Finalmente, seguindo um estratagema proposto por Odisseu, o famoso Cavalo de Tróia, os gregos conseguem invadir a cidade governada por Príamo e terminam a guerra.

Fonte: www.consciencia.org


                     Helena de Troia (1863)
Dante Gabriel Rossetti (1828-1882)



Homero, poeta épico grego, é considerado autor da Ilíada e da Odisséia, cuja existência problemática foi cercada de lendas desde o séc. VI a.C. Heródoto considera-o como um grego da Ásia Menor que viveu talvez em 850 a.C. A tradição representa-o como velho e cego, vagando de cidade em cidade e declamando seus versos. Suas obras, recitadas nas festas solenes e ensinadas às crianças, exerceram profunda influência sobre filósofos, escritores e até sobre a educação.

Pois foi Homero que, narrando um episódio da Guerra de Tróia, chamou a atenção para a lenda, cujo personagem principal é Helena, princesa grega famosa pela sua beleza. Ela era filha de Leda e irmã de Castor e Pólux. Esposa de Menelau, foi raptada por Páris, o que acarretou a expedição dos gregos contra Tróia.

Já se passaram quase três milênios e a figura de Helena permanece agitando a imaginação de poetas, escritores, pintores e mais recentemente, de cineastas. Quem foi essa bela e estranha mulher que conseguiu desencadear uma guerra entre dois povos?




O rapto de Helena (1680)
Luca Giordano (1634-1705)

O rapto de Helena, que a mitologia grega descrevia como a mais bela das mulheres, desencadeou a lendária guerra de Tróia.

Personagem da Ilíada e da Odisséia, Helena era filha de Zeus e da mortal Leda, esta esposa de Tíndaro, rei de Esparta. Ainda menina, Helena foi raptada por Teseu, depois libertada e levada de volta para Esparta por seus irmãos Castor e Pólux (os Dioscuri).


Helena de Tróia (1867)
Antony Frederick Sandys (1829-1904)

Para evitar uma disputa entre os muitos pretendentes, Tíndaro fez com que todos jurassem respeitar a escolha da filha. Ela se casou com Menelau, rei de Esparta, irmão mais novo de Agamenon, que se casara com uma irmã de Helena, Clitemnestra.

Helena, contudo, abandonou o marido para fugir com Páris, filho de Príamo, rei de Tróia. Os chefes gregos, solidários com Menelau, organizaram uma expedição punitiva contra Tróia que originou uma guerra de sete anos de duração.


Páris e Helena (1788)
Jackes-Louis David (1748-1825)

Após a morte de Páris em combate, Helena casou-se com seu cunhado Deífobo, a quem atraiçoou quando da queda de Tróia, entregando-o a Menelau, que retomou-a por esposa. Juntos voltaram a Esparta, onde viveram até a morte. Foram enterrados em Terapne, na Lacônia.

Segundo outra versão da lenda, Helena sobreviveu ao marido e foi expulsa da cidade pelos enteados. Fugiu para Rodes, onde foi enforcada pela rainha Polixo, que perdera o marido na guerra de Tróia.


Helena de Tróia 
Frederic Leighton (1830-1896)

Uma terceira versão diz que, após a morte de Menelau, Helena casou-se com Aquiles e viveu nas ilhas Afortunadas.

Helena de Tróia foi adorada como deusa da beleza em Terapne e diversos outros pontos do mundo grego. Sua lenda foi tomada como tema de grandes poetas da literatura ocidental, de Homero e Virgílio a Goethe e Giraudoux.



Fantasia panorâmica com o rapto de Helena (1535)
Maerten van Heemskerck (1468-1574)


Helena no Forte de Tróia
Gustave Moreau (1826-1898)

Fonte: www.pitoresco.com.br



Na mitologia grega, Helena de Tróia era filha de Zeus e de Leda, irmã gêmea da rainha Clitemnestra, irmã de Castor e Pólux, esposa do rei Menelau, com a reputação de mulher mais bela do mundo. O seu rapto feito pelo príncipe troiano Páris desencadeou uma guerra. Após este acontecimento, foi perdoada pelo marido, e levada de volta para Argos, seu reino. Após a morte de Menelau, foi expulsa do reino pelo seu própio filho, Nicostrato. Foi morar com a rainha Polixo, uma amiga. Certa vez, após tomar banho, foi morta enforcada pela serva da rainha, que estava com ódio mortal de Helena, pois havia perdido seu marido na guerra.

Fonte: pt.wikipedia.org